O governo da Califórnia entrou com uma ação judicial contra a istração do presidente Donald Trump, solicitando que a mobilização de tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para Los Angeles seja considerada inconstitucional. A medida ocorre após o envio de reforços militares para conter protestos relacionados à repressão a imigrantes em situação irregular.
Na segunda-feira (09/06/2025), Trump determinou o envio de mais dois mil membros da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais, que se somam a aproximadamente dois mil militares já destacados no último fim de semana. A decisão foi tomada sem consulta ao governo estadual ou municipal, o que configura uma ação inédita na última década e meia.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, acusou a Casa Branca de abuso de autoridade e de utilizar a mobilização militar para reprimir opositores políticos e estimular a violência. Newsom recomendou que os manifestantes mantenham a calma e não se deixem provocar pelo governo federal.
Contexto dos protestos em Los Angeles 3g1gm
Os protestos tiveram início na sexta-feira (06/06/2025), após ações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) em estabelecimentos comerciais, visando à detenção de imigrantes sem documentos. Os manifestantes reivindicam o fim das operações do ICE e a retirada das tropas federais.
Embora a maioria dos protestos tenha sido pacífica, foram registradas ocorrências de violência, incluindo o uso de fogos de artifício e objetos contra as forças de segurança, que responderam com gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de efeito moral. Até o final da noite de segunda-feira, cerca de 40 pessoas foram presas por desobedecer ordens de dispersão.
As manifestações estão concentradas na área central de Los Angeles, próximas à prefeitura e a uma prisão federal, sem afetar significativamente outras regiões da cidade.
Medida sem precedentes e repercussões políticas 2u2h2v
O envio das tropas foi anunciado no sábado (07/06/2025), e cerca de 1.700 militares da Guarda Nacional já se encontram na região metropolitana de Los Angeles. A chegada dos reforços militares ocorre num contexto de críticas contínuas do presidente Trump à Califórnia, estado de perfil majoritariamente democrata.
A ação do governo federal ocorre sem diálogo prévio com as autoridades locais, rompendo uma prática mantida por cerca de seis décadas. Em resposta, Newsom apresentou uma ação judicial para impedir o uso das forças federais, alegando que a medida viola princípios constitucionais.
Em contrapartida, Trump criticou o governador, classificando-o como “extremamente incompetente” e sugerindo que ele deveria ser preso. A tensão entre os dois líderes se intensificou nos últimos meses, com rumores sobre uma possível candidatura de Newsom à presidência dos Estados Unidos em 2028.
Mobilizações nacionais e apoio aos manifestantes 4l1c6
Protestos em apoio aos manifestantes de Los Angeles ocorreram em outras cidades da Califórnia, como São Francisco, Sacramento e Santa Ana, além de estados como Nova York e Texas. Organizações sindicais também realizaram manifestações para pedir a libertação de David Huerta, dirigente sindical preso por tentar impedir ações do ICE, que foi liberado sob fiança.
Atos de solidariedade estão programados para os próximos dias em diversos estados, incluindo Oregon, Washington, Illinois, Pensilvânia e Flórida.
Rivalidade política e contexto internacional 6b6g5h
Para a imprensa sa, a disputa entre Trump e Newsom reflete um conflito político com impacto nacional e internacional, com a questão migratória sendo usada como pretexto para confrontos eleitorais. Publicações como Le Monde e Le Parisien destacam que a operação em Los Angeles pode ser um teste para ações semelhantes em outras cidades dos Estados Unidos.
A Califórnia, que se declarou “estado santuário” em novembro de 2024, enfrenta desde então medidas federais restritivas, inclusive ameaças de cortes orçamentários. A disputa envolve também a possibilidade de Newsom concorrer à presidência americana, intensificando o embate com Trump.
*Com informações da RFI.
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