O Parlamento de Israel (Knesset) rejeitou um projeto de lei apresentado pela oposição que propunha a autodissolução do Legislativo, o que levaria à convocação de eleições antecipadas. A proposta foi derrotada em votação preliminar por 61 votos contrários e 53 favoráveis.
A tentativa de dissolução foi liderada por todos os partidos de oposição, com o objetivo de enfraquecer o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, formado por uma coalizão entre o partido Likud, grupos de extrema direita e partidos ultraortodoxos. O debate ocorre em meio à guerra em curso na Faixa de Gaza e à crise interna relacionada ao alistamento militar obrigatório de judeus ultraortodoxos.
O projeto foi rejeitado após longas negociações sobre uma futura lei de recrutamento, que prevê sanções para jovens ultraortodoxos que não atenderem à convocação militar, como restrições para deixar o país e aplicação de multas. Apesar da rejeição da proposta da oposição, a crise sobre o recrutamento permanece sem solução definitiva.
Os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (UTJ), principais representantes dos judeus ultraortodoxos no Parlamento, chegaram a declarar apoio à dissolução do governo. No entanto, líderes desses partidos negociaram simultaneamente acordos de bastidores com aliados da coalizão, o que reduziu a coesão da tentativa oposicionista.
Bezalel Smotrich, ministro das Finanças e integrante da extrema direita, afirmou durante a sessão que convocar eleições em tempos de guerra representaria um “perigo existencial” para Israel. Ele defendeu que os judeus ultraortodoxos devem contribuir com o serviço militar, destacando a necessidade de preservar o atual governo em meio ao conflito.
Com a rejeição da proposta, a oposição deverá aguardar um período de seis meses para reapresentar um novo projeto com o mesmo objetivo. A votação revelou divisões internas, inclusive dentro da coalizão governista, especialmente sobre o tema do alistamento obrigatório.
Segundo pesquisa publicada pelo jornal Israel Hayom, 85% dos judeus israelenses são favoráveis a mudanças na lei de alistamento, sendo que 41% defendem a obrigatoriedade do serviço militar para todos os cidadãos em idade ativa, reforçando a pressão pública sobre o tema.
*Com informações da RFI.
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