Na sexta-feira (30/05/2025), a cantora americana Taylor Swift anunciou a aquisição dos direitos sobre seus seis primeiros álbuns, além dos videoclipes e filmes de turnê associados. O anúncio foi feito por meio de uma nota publicada nas redes sociais da artista.
O movimento representa uma mudança relevante na dinâmica entre artistas e gravadoras, tradicionalmente marcada pela cessão dos direitos das masters — gravações originais das faixas — em troca do financiamento da produção musical.
A indústria fonográfica, que movimentou cerca de US$ 30 bilhões em 2024, tem como prática consolidada a concentração dos lucros gerados por vendas, streaming e licenciamentos nas mãos das detentoras das masters, e não dos artistas.
“As gravações originais sempre foram fonte de receita constante, e é quem as possui que recebe os ganhos de cada reprodução, anúncio ou inclusão em filmes”, explicou Stéphane Geneste, da RFI.
Início da disputa em 2019 105kh
O conflito de Taylor Swift com sua antiga gravadora começou em 2019, quando ela descobriu que as masters de seus primeiros trabalhos haviam sido vendidas para terceiros, sem seu consentimento.
Diante disso, a cantora adotou uma estratégia inédita em larga escala: regravou integralmente seus seis primeiros álbuns, mantendo os direitos autorais sobre letras e composições, o que lhe permitiu criar versões alternativas e licenciá-las de forma independente.
As novas versões rapidamente se destacaram no mercado, superando as gravações originais em plataformas de streaming e em vendas. Esse movimento proporcionou à artista maior controle financeiro e criativo, embora tenha exigido investimentos elevados em produção e marketing.
Estratégia definitiva: aquisição das masters 3m3y70
Paralelamente às regravações, Taylor Swift optou por uma solução definitiva e mais onerosa: recomprar suas masters originais. Segundo estimativas de analistas do setor, o valor da operação ultraa centenas de milhões de dólares, consolidando o controle total sobre sua obra.
“Este é um marco que redefine não apenas minha carreira, mas também o caminho de muitos artistas que buscam autonomia sobre seu trabalho”, declarou Taylor Swift na nota oficial.
Impacto no mercado musical u3h1h
O caso de Taylor Swift não é isolado. Outros artistas têm adotado estratégias semelhantes. Em 2022, Kanye West adquiriu suas masters da gravadora Universal, utilizando um empréstimo de US$ 100 milhões. Já nomes como Paul McCartney não conseguiram evitar a venda de seus catálogos, mesmo após disputas prolongadas.
Esse movimento reflete uma mudança estrutural no entendimento da propriedade intelectual na música, com os artistas buscando garantir controle sobre seus ativos desde os primeiros contratos. Especialistas apontam que a tendência pode gerar alterações significativas nos modelos de negócios da indústria fonográfica, reduzindo a dependência dos músicos em relação às grandes gravadoras.
Possíveis impactos futuros l1t3n
A consolidação dessa prática tende a influenciar a forma como novos contratos são elaborados. O tema dos direitos das masters e da propriedade intelectual deverá surgir já nas primeiras negociações contratuais, alterando profundamente os paradigmas de distribuição de receita na indústria musical global.
*Com informações da RFI.
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